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A plataforma mais rica em jogos do planeta tem uma infinidade de jogos. A Tangerina separou os 20 melhores para você conferir e curtir agora
Não há plataforma mais abundante em oferta de jogos do que o PC. Com centenas de jogos sendo lançados em lojas online como o Steam, o GOG ou a Epic Games Store, o computador pessoal é também um excelente local para jogar. Mas quais são os melhores jogos para PC?
A Tangerina separou nessa lista 20 experiências incríveis para você baixar ou comprar e curtir agora. Inclusive, levamos em conta as especificidades da plataforma, com vários títulos que são melhores de jogar nos ‘controles’ principais do PC —o mouse e o teclado— mas também há games de sobra para curtir com um controle.
Como em todas as nossas listas de melhores jogos das plataformas, vamos manter o texto atualizado conforme novos jogos sejam lançados.
Valorant é um jogo de tiro que une tática e poderes especiais
Divulgação/Riot Games
Valorant é uma combinação inusitada de dois estilos de jogo de tiro que normalmente não conversam. De um lado, temos os mapas pequenos e a ação mais cadenciada de jogos de tiro táticos no estilo de Counter-Strike e Rainbow Six. Do outro, personagens únicos com poderes especiais, como os de Overwatch.
Por incrível que pareça, a união dessas vertentes funciona muito bem. Valorant sabe pegar o melhor dos jogos que o influenciam, misturando o mesmo cuidado com tipos de arma, movimentação e posicionamento de mapas do tiro tático com os poderes especiais de seus personagens, voltados para ataque, defesa e suporte —ou, às vezes, uma combinação diferente dos três.
Mérito da Riot Games, que soube juntar tudo de uma maneira que agrada aos jogadores de ambos os estilos. Valorant é um dos melhores jogos de tiro no PC atualmente. – Bruno Silva
Portal 2 tem desafios de quebrar a cabeça
Divulgação/Valve
Portal 2 é uma obra-prima. Sua qualidade se baseia em como o jogo consegue ser original mesmo sendo um jogo com muitos elementos familiares. O jogo é em primeira pessoa, mas sua arma não dispara balas. Em vez disso, você lança portais para se transportar entre o ponto A e o ponto B do cenário, e apenas isso é o suficiente para construir um belíssimo quebra-cabeças para escapar, mais uma vez, das garras da terrível inteligência artificial GLaDOS.
Utilizando apenas esse equipamento, você precisará decifrar leis da física para escapar das complicadas armadilhas dessa aventura, que também supera a primeira com uma narrativa mais elaborada e personagens hilários. Portal 2 é um dos jogos mais bem construídos de todos os tempos nesse sentido, com problemas capazes de desafiar os jogadores mais inteligentes. – Bruno Silva
The Sims 4 é a versão definitiva do simulador de vida da Maxis
Divulgação/Electronic Arts
A franquia The Sims é bastante popular. Desde o lançamento do primeiro jogo, no ano 2000, a série tem se superado a cada nova versão do carismático simulador que se tornou uma verdadeira febre.
Especificamente, The Sims 4 recebeu a árdua tarefa de suceder o queridinho The Sims 3, e para tanto, o jogo abandona o aspecto de mundo aberto e retorna aos bairros. A coleção de vizinhanças individuais dentro de um só mapa foi feita para reduzir o tempo de carregamento, mas ainda dá para explorar livremente os distritos.
O modo de construção melhorou, permitindo que o jogador personalize ainda mais os prédios e cômodos. O mesmo se aplica ao sistema de criar personagens, que também melhorou em relação aos jogos anteriores. Além das inúmeras opções de personalização na hora de criar um Sim, os personagens ganharam um complexo sistema de traços de personalidade que afetam suas emoções e aspirações.
Apesar de ainda não ter tantas expansões quanto os jogos anteriores, The Sims 4 continua recebendo atualizações, pacotes e atividades fresquinhas para estender a vida útil do game. – Jessica Pinheiro
Lançado em 2013, Final Fantasy XIV é história épica com várias expansões
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Final Fantasy XIV: A Realm Reborn é a prova de que uma segunda chance pode fazer toda a diferença. Isso porque o MMORPG —jogo em que muitos jogadores compartilham o mesmo universo online— foi lançado em 2013 como uma versão 2.0 do game original de 2010, intitulado apenas de Final Fantasy XIV.
O jogo teve vários problemas e não foi bem recebido entre os fãs. Uma nova equipe assumiu e refez tudo praticamente do zero, claro, levanto em conta as críticas feitas pela comunidade. Portanto, A Realm Reborn foi desenvolvido em um novo motor gráfico, recebeu servidores maiores e com estruturas melhores, uma nova interface interativa, jogabilidade aprimorada e, claro, uma história inédita, que se desenrola cinco anos após os eventos do FFXIV original.
O sucesso de A Realm Reborn se converte em seus mais de 25 milhões de jogadores ativos (dados coletados em dezembro de 2021), além de eventos crossover de sucesso e quatro grandes expansões: Heavensward (2015), Stormblood (2017), Shadowbringers (2019) e a conclusão da saga, Endwalker (2021). – Jessica Pinheiro
Flight Simulator permite que você voe ao redor do mundo com vários tipos de aviões
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Microsoft Flight Simulator é o ápice da experiência de simulação de voo. O game —ou simulador, se preferir chamar assim— oferece ainda a possibilidade de sobrevoar por todo o planeta Terra, cujos locais foram recriados graças à junção de texturas fotorrealistas, inteligência artificial e dados topográficos do Bing Maps.
Você pode pilotar uma grande variedade de aeronaves, desde aviões leves a jatos comerciais, e sobrevoar mais de 37 mil aeroportos, 2 milhões de cidades, 1,5 bilhão de prédios, montanhas, ruas, árvores, rios, animais, tráfego, dentre outros.
Vale apontar que destas 2 milhões de cidades, pelo menos 341 destas foram modeladas por meio de fotogrametria, uma técnica de mapeamento 3D com alta fidelidade a partir de fotografias. Por conta do alto nível de detalhamento gráfico de Microsoft Flight Simulator, inclusive, é bastante comum confundir paisagens do simulador com imagens reais. – Jessica Pinheiro
Valheim te coloca para sobreviver a um purgatório da mitologia nórdica
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Em Valheim, você acorda em um mundo homônimo que é uma espécie de purgatório da mitologia nórdica, e recebe de Odin a missão de exterminar as criaturas malignas que ali habitam. Mas, para dar cabo desses inimigos terríveis, você precisa primeiro sobreviver.
A premissa parece simples, mas é o que faz de Valheim uma experiência super divertida. Toda partida se passa em um mundo diferente, gerado na hora pelo algoritmo do jogo, o que significa que você sempre terá surpresas na hora de jogar.
Na hora de sobreviver, vale tudo, desde o seu conhecimento em construir abrigos a suas habilidades de combate, e tudo isso melhora à medida que você vai vivendo em Valheim. É uma aventura sem limites e sem fim. – Bruno Silva
Já dizia Highlander: só pode haver um! Essa é a regra de ouro em Fortnite
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O rei dos battle royale, Fortnite foi lançado em 2017 e até hoje se mantém relevante, fortalecendo sua comunidade com muitas atualizações e chamando a atenção de novos jogadores graças a conteúdos populares, que vão de filmes de super-heróis a estrelas do esporte.
O título da Epic Games pode ser jogado de várias maneiras. Dependendo do modo de jogo, existe uma mistura de gêneros como tiro, cooperativo, sobrevivência e defesa de torre. No tradicional battle royale, porém, é cada um por si: cem jogadores são lançados em uma ilha e precisam eliminar umas às outras, até restar apenas um.
E ainda que exista uma certa liberdade na exploração do mapa, a arena diminui conforme o tempo passa, tornando a competição cada minuto mais e mais acirrada. Além disso, há uma história sendo contada ao longo de suas temporadas, o que destaca Fortnite dos demais battle royale, já que o game oferece uma narrativa dinâmica e instigante.
Intuitivo, acessível e divertido, Fortnite tem tudo que você precisa para jogar por algumas horas e se distrair junto dos amigos, após um longo e cansativo dia de trabalho e estudos. – Jessica Pinheiro
Minecraft é um dos jogos mais populares do mundo
Divulgação/Xbox
Quem nunca ouviu falar de Minecraft que atire o primeiro bloco. Afinal, este é um dos games mais famosos da atualidade.
Sua popularidade vem das infinitas possibilidades que o jogo permite, uma vez que pode-se construir qualquer objeto, prédio ou mundo que sua imaginação visualizar, e desde que os recursos corretos sejam captados.
Explorar, criar e sobreviver é apenas uma fração do que Minecraft oferece; e toda essa experiência pode ser vivida ao lado de outros jogadores também.
Você pode jogar com a tela dividida nos consoles para até quatro pessoas, enquanto partidas online têm suporte a até 30 jogadores simultâneos. – Jessica Pinheiro
GTA Online é o modo multiplayer de Grand Theft Auto V
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Além de ser um dos jogos mais vendidos de todos os tempos por pelo menos duas gerações seguidas de consoles, Grand Theft Auto V trouxe a bordo sua própria experiência multiplayer para chacoalhar o gênero: Grand Theft Auto Online.
O modo vem junto com o quinto game numerado da série, mas é considerado uma experiência independente, já que oferece um mundo próprio, em constante evolução, e que continua recebendo atualizações e eventos.
Aqui, o objetivo não foge muito de uma experiência legítima de GTA: você deve participar de inúmeras atividades diferentes, desde corridas até assaltos a bancos, tudo para construir seu próprio império do crime.
A diferença é que, enquanto GTA V conta com uma narrativa pré-definida pela Rockstar Games, em GTA Online, você é quem cria sua história. O modo multiplayer tem suporte para até 30 jogadores simultâneos cooperarem ou disputarem em atividades.
Há também a possibilidade de participar de role playings (RPs), ou seja, interpretações. Este estilo de jogo ficou famoso graças a influenciadores que criaram personagens e iniciaram narrativas próprias enquanto transmitiam a partida para seu público. O servidor mais famoso no Brasil nesse gênero é a Cidade Alta. – Jessica Pinheiro
Em Crusader Kings III, seu objetivo é perpetuar sua linhagem monárquica
Divulgação/Paradox Interactive
Não vamos mentir: Crusader Kings III não é um jogo simples. Este simulador ao estilo de ‘estratégia grandiosa’ combina uma quantidade assustadora de mecânicas de jogo, escolhas e configurações. Mas ninguém disse que liderar um reino medieval seria uma tarefa fácil, não é mesmo?
Em Crusader Kings III, você assume o papel de um monarca que precisa garantir sua permanência no trono e a sobrevivência de sua dinastia. Para alcançar esse objetivo, vale de tudo. É possível formar alianças através de casamentos arranjados, adquirir vassalos em conquistas militares, participar de intrigas políticas subornando adversários e até usar a fé para fortalecer sua posição de liderança. Cada decisão, é claro, acarreta consequências que precisarão ser enfrentadas no futuro.
A tudo isso, são combinados elementos de RPG que deixam o jogo ainda mais envolvente. É possível customizar completamente a aparência e as características pessoais de seu monarca, além de baixar decretos que determinam as leis e costumes do seu reino. Quando seu líder passar dessa para uma melhor —seja de velhice, doença ou em combate— você continuará a história de seu reinado assumindo o controle de seu herdeiro. – Rafael Romer
Em Cities Skylines, você pode construir sua própria cidade
Divulgação/Paradox Interactive
Considerado um sucessor espiritual de SimCity, Cities: Skylines é um dos melhores e mais robustos simuladores de cidades da atualidade. Jogando como prefeito de sua própria metrópole, o jogador poderá desenvolvê-la como quiser e administrá-la para seus cidadãos.
No comando da cidade, você precisará definir áreas residenciais, comerciais e industriais; criar ruas, avenidas e sistemas de transporte público; e estabelecer todos os serviços essenciais para o bom funcionamento da metrópole, como educação, eletricidade, lazer, policiamento e saneamento. Tudo isso, é claro, mantendo as públicas no azul.
Lançado há quase sete anos, Cities: Skylines continua recebendo atualizações até hoje. São centenas de construções, monumentos e estruturas únicas disponíveis para customizar sua cidade. O game é garantia de dezenas de horas de diversão e oferece uma infinidade de cenários de jogo. – Rafael Romer
Civilization VI convida você a conduzir uma sociedade da Pré-História às explorações espaciais
Divulgação/2K Games
Sid Meier’s Civilization VI é o jogo ideal para quem quer explorar o que os games do gênero “4X” têm para oferecer. Complexo e acessível na medida certa, o título convida jogadores a liderarem uma civilização desde a pré-história até o futuro das viagens espaciais, buscando a supremacia científica, cultural, econômica, religiosa, diplomática e militar.
Você deverá explorar regiões desconhecidas, expandir suas fronteiras, extrair recursos raros, exterminar inimigos e tomar decisões difíceis para conduzir seu império ao longo da história. São dezenas de diferentes líderes e civilizações disponíveis, incluindo figuras históricas como Hamurabi, Cleópatra, Teddy Roosevelt e Saladino.
Civilization VI também se destaca em relação aos antecessores ao trazer uma série de mecânicas inéditas para a franquia. Entre elas, estão a expansão de cidades através de distritos especializados e um sistema de desastres naturais que simula os efeitos das mudanças climáticas decorrentes de uma industrialização descontrolada. – Rafael Romer
Age of Empires IV é continuação de jogo clássico para PC
Divulgação/Xbox
Age of Empires é uma das mais emblemáticas séries de estratégia em tempo real da história dos games. A premissa de seus jogos é simples: colete recursos, expanda sua base e treine um poderoso exército para derrotar seus inimigos no campo de batalha.
O mais recente integrante da família, Age of Empires IV, repete essa fórmula de sucesso e traz a série de volta para a Idade Média – mesmo período em que as batalhas de Age of Empires II, o mais popular da franquia, eram travadas. Mas se engana quem acha que o Age IV é mais do mesmo: além do visual digno de PCs modernos, o jogo traz uma série de mecânicas atualizadas que foram bem recebidas por veteranos de RTS e por novatos do gênero.
Entre as novidades estão suas oito civilizações únicas, cada uma com um estilo distinto de jogo e diferentes vantagens e desvantagens. O Império Mongol, por exemplo, pode “empacotar” as edificações de suas bases em caravanas nômades e movê-las pelo mapa livremente; já o Sacro Império Romano-Gêrmanico usa a fé como uma força econômica e militar, recrutando unidades religiosas para inspirar e seus aldeões e exércitos. – Rafael Romer
Outer Wilds recompensa a curiosidade ao explorar o espaço
Divulgação/Annapurna Interactive
Você é um alienígena partindo em sua primeira expedição rumo ao espaço. Sua espécie segue os passos de uma civilização antiga que misteriosamente desapareceu, mas deixou vários vestígios ao redor do seu sistema solar. 22 minutos se passam, o Sol no qual todos os planetas ao redor orbitam explode… e você retorna ao ponto de partida.
Dentro deste loop, a sua tarefa em Outer Wilds é entender o que está acontecendo neste universo e, talvez, encontrar uma maneira de quebrar o ciclo. Ir além da sinopse neste game independente é estragar as surpresas, mas Outer Wilds guarda uma jornada cheia de mistérios.
Este jogo independente é capaz de despertar uma profunda empolgação ao descobrir uma pista-chave para os segredos do universo, mesmo que ela tenha vindo enquanto você está completamente perdido. – Bruno Silva
Antes da Netflix, saga The Witcher foi adaptada para os games pela CD Projekt RED
Divulgação/CD Projekt RED
Geralt de Rívia pode ter nascido da mente do escritor polonês Andrzej Sapkowski e ser mais conhecido hoje por ter sido interpretado pelo astro Henry Cavill, mas os games foram a porta de entrada do personagem e sua série de aventuras, The Witcher, para o centro da cultura pop mundial. E, dentre os vários jogos da saga do bruxeiro, The Witcher 3: The Wild Hunt é sua aventura definitiva.
Este é o encerramento de uma das sagas de Geralt, mas foi moldado pelo estúdio CD Projekt RED de forma a ser plenamente aproveitado por quem nunca jogou outro título da série. Na história, Geralt e seus companheiros partem em busca de Ciri, uma jovem que ele treinou em sua juventude e que, já adulta, guarda um grande poder.
Na pele de Geralt, você se aventura pelo rico mundo do game, desvendando os mistérios da história principal enquanto também ajuda os vilarejos locais exterminando monstros, sempre ao preço mais alto. The Witcher 3 se destaca por sua uma história ramificada, na qual as linhas de diálogo escolhidas impactam profundamente o que acontece a seguir. – Bruno Silva
Em Hades, Zagreus tenta (muitas vezes) escapar do inferno
Divulgação/Supergiant Games
A desenvolvedora Supergiant Games ficou famosa por conectar de forma única a parte interativa dos jogos com a história e, depois de lançar três games nos quais pôde demonstrar essa capacidade – Bastion, Transistor e Pyre -, o estúdio produziu em Hades sua obra-prima. Este é um jogo de ação no qual você explora catacumbas com uma mecânica roguelike (perdeu, acabou o jogo), um combate frenético e uma visão de cima, com câmera isométrica.
O que torna Hades tão único em meio a tantos jogos que também mesclam esses gêneros e subgêneros é seu belíssimo visual e sua intrigante narrativa, que está diretamente conectada à sua jogabilidade e mecânicas.
Quanto mais o protagonista Zagreus morrer, seja através de armadilhas, seja em combates mortais; mais o jogador irá desvendar a trama. Afinal, quando o personagem principal falha em sua jornada para fugir do Submundo, isto é, o Hades, ele retorna para seus aposentos e precisa refazer tudo.
O diferencial é que Zagreus e todos os demais personagens, deuses e semideuses que o acompanham sua fuga, se recordam de tudo – e inclusive, não perdem a oportunidade de fazer piadas a respeito disso.
Riquíssimo em gameplay e narrativa, Hades é um dos jogos mais divertidos, desafiadores e belíssimos dos últimos tempos. – Jessica Pinheiro
Em Undertale, cada escolha impacta o que vem a seguir
Divulgação/Toby Fox
Não se deixe enganar pelos gráficos simples. Undertale esconde debaixo de seu visual um estilo de jogo que subverte completamente o jeito de jogar RPGs, em uma das formas mais inovadoras de contar uma história dentro dos videogames.
Em Undertale, humanos selaram monstros debaixo da terra após uma longa guerra. Você é uma criança que cai por acidente no mundo dos monstros, e busca um jeito de voltar à superfície. Em sua jornada, você encontra uma série de criaturas e tem a possibilidade de destruí-las ou poupá-las. Cada ação tem uma consequência para o que vem depois, até o desfecho da aventura.
Os personagens, muito bem escritos pelo autor do jogo, Toby Fox, são o maior charme de Undertale, em um sistema que intriga a cada solução tomada pelo jogador ao permitir a resolução de conflitos por meio do diálogo, semelhante a Shin Megami Tensei. Um jogo para pensar em suas ações, e pensar em suas consequências. – Bruno Silva
Forza Horizon 5 leva festival de corrida ao México
Divulgação/Xbox
Jogar Forza Horizon 5 é como sair em uma viagem sem hora para acabar. Ao longo de cinco jogos, a Microsoft aperfeiçoou ao máximo seu jogo de corrida para entregar prazer na simples atividade de acelerar um carro sem objetivo, sem rumo e em qualquer direção.
Como manda a tradição da série de jogos de corrida, o destino da vez é o México, cuja topografia acidentada e climas variados são perfeitos para navegar pelos mais diversos tipos de terreno, com selvas litorais, desertos e até mesmo montanhas nevadas, tudo com um nível de detalhe visual de altíssima qualidade.
Essa abundância de biomas é perfeita para os vários tipos de atividades existentes em Forza Horizon 5, que reúne corridas na pista e off-road em uma espécie de Lollapalooza do automobilismo.
Por trás dos gráficos e do clima festivo, Forza Horizon é também um dos mais acessíveis jogos de corrida existentes no mercado, pois consegue atender a todo tipo de público, com um sistema que pode agradar quem nunca pisou em um acelerador na vida, como também apresentar opções que aumentam o realismo no comportamento do carro, deixando o jogo ao gosto dos entusiastas por esportes a motor. – Bruno Silva
A história de Disco Elysium mistura crime, loucura e geopolítica
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Você é um detetive que precisa desvendar o mistério por trás de um assassinato, ao lado de um colega com o qual nunca trabalhou, numa vizinhança barra-pesada da capital de um país mergulhado em revoltas ocasionadas pela transição da monarquia ao comunismo, e depois a um regime autoritário tutelado por uma coalizão de nações capitalistas. E você precisa fazer isso tudo sem ter nenhuma memória de si mesmo ou do próprio passado.
Trabalhando com essa premissa maluca, Disco Elysium tem um dos melhores roteiros já escritos na história do videogame, condensando os embates ideológicos e políticos dos séculos 19 e 20 nas entrelinhas de um crime realizado em um beco de uma cidade decadente.
Mesmo com orçamento reduzido em relação a blockbusters dos games, Disco Elysium consegue, apenas no texto, nos transportar para um cenário rico em detalhes, o palco de uma história intrigante e repleta de humor ácido, na qual você precisa lidar não apenas com um grande mistério, mas também as múltiplas vozes na sua cabeça que brigam por controle e alteram os aspectos da sua personalidade.
Inspirado em RPGs de mesa, Disco Elysium se desenrola quase completamente em diálogos e linhas de texto. Portanto, é um jogo para quem topa encarar longas sessões de leitura. Mas vale o esforço, até mesmo se esse não for o seu tipo de jogo. – Bruno Silva
Kentucky Route Zero é um mergulho interativo no realismo fantástico
Divulgação/Annapurna Interactive
Um caminhoneiro faz seu último trabalho ao entregar um pacote de uma loja prestes a falir em um endereço que não está no mapa: a misteriosa Rota Zero, no estado norte-americano do Kentucky. Partindo desta premissa, Kentucky Route Zero é um mergulho no realismo fantástico em uma das histórias mais intrigantes e simbólicas dos games.
Estruturado como uma peça de teatro, dividido em atos, Kentucky Route Zero usa um estilo gráfico low-poly, que emula jogos do início dos anos 1990, para te conduzir a uma viagem por lugares que flertam com o sobrenatural, em episódios isolados que avançam à medida que você se aproxima do destino final, juntando uma trupe de figuras quebradas por dramas familiares e pelo estado frágil da sociedade após a crise econômica de 2008.
Kentucky Route Zero não é um jogo convencional, e tanto sua estrutura narrativa como o visual, que passam longe do estilo vigente na maioria dos games, reforçam isso. É uma jornada para quem quer fugir do lugar-comum, e onde os maiores tesouros estão espalhados pelo caminho. – Bruno Silva
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Bruno Silva
Editor de games e animes na Tangerina, Bruno Silva é brasiliense e fã de basquete. Jornalista, apresentador e streamer, foi co-criador do The Enemy e já publicou no Omelete, Nerdbunker, Metrópoles e Correio Braziliense.
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