A nova era da luta livre! O que esperar da WWE sem Vince McMahon?

Vince McMahon pegou todo mundo de surpresa na última sexta-feira (21). Da forma mais estratégica possível, o presidente e fundador da WWE anunciou sua aposentadoria após o encerramento da Bolsa de Valores daquela semana. O magnata da luta livre renunciou à sua posição de destaque na empresa depois de um escândalo milionário.

O empresário de 77 anos está no centro de uma inquirição que sua própria empresa tem feito a seu respeito. Além disso, o homem responsável pela WWE durante décadas virou alvo de uma investigação federal. McMahon é acusado de pagar milhões de dólares pelo silêncio de várias mulheres com quem teria se envolvido ao longo de vários anos.

O ex-líder da WWE sempre foi uma figura controversa. Apesar de transformar sua empresa em líder do mercado, o antigo CEO da companhia criou histórias de mau gosto em seu programa semanal e entrou em diversas polêmicas. Mas, em 2022, o seu limite dentro da empresa expirou.

Mas sem Vince McMahon, como a WWE pode melhorar? Bem, em basicamente tudo. Após anos reclamando do produto, os mais insatisfeitos voltaram sua atenção para a AEW. Mas, agora, a World Wrestling Entertainment vai ser comandada por Paul Levesque, mais conhecido pelos fãs como Triple H. Depois dos resultados positivos do NXT entre 2015 e 2019, a decisão de ter o ex-lutador como líder criativo foi um enorme acerto.

A nova era da WWE

Triple H imitando Vince McMahon na WWE

Divulgação/WWE

Triple H lutou na WWE durante quase duas décadas. Marido de Stephanie McMahon, filha do Vince, o ex-lutador saiu dos ringues diretamente para uma posição atrás das câmeras. Seu maior projeto foi o NXT. Tratado como o centro de desenvolvimento de atletas para o Raw e o Smackdown, o programa semanal apresentou os melhores embates da companhia em anos.

No entanto, após a derrota na audiência para a rival AEW, Triple H teve uma complicação de saúde e precisou ficar fora da empresa durante meses. Sendo assim, seu sogro decidiu mudar toda a estrutura do NXT. Além disso, os maiores nomes desenvolvidos no programa também sofreram com McMahon.

Adam Cole nunca teve uma oportunidade real no Raw ou Smackdown. Pete Dunn sofreu uma alteração de nome e virou coadjuvante de Sheamus. Lutadora mais dominante da história do NXT (ao lado de Asuka), Shayna Baszler nunca engrenou sob a supervisão do antigo CEO.

Sendo assim, diversos lutadores que foram aprendizes de Paul Levesque acabaram demitidos, não tiveram seus contratos renovados ou estão completamente perdidos entre o elenco principal da WWE, com um nome ou uma apresentação diferente.

Stephanie McMahon e seu marido Triple H a caminho do ringue

Divulgação/WWE

A mudança na liderança criativa deve trazer alterações efetivas para a maior empresa de luta livre do planeta. Além de embates mais vistosos e histórias intrigantes, os bastidores da WWE também vão mudar. Triple H também será o chefe da relação de talentos.

Caso algum funcionário queira conversar sobre sua posição na empresa, o ex-lutador vai estar disponível para ouvir e procurar soluções. Ao contrário de McMahon, Levesque já esteve do outro lado e, por isso, deve estar mais aberto a discussões.

Durante anos, o ex-CEO tinha uma concepção clara sobre o que deveria ser a luta livre. Mesmo com críticas internas e externas, ele manteve sua visão ultrapassada. E o pior? A WWE nunca lucrou tanto. Mas, em contrapartida, os fãs e os lutadores mostraram insatisfação e pularam de barco.

Sob o comando de Triple H, a WWE deve implementar a mentalidade do antigo NXT no Raw e no Smackdown. No entanto, não espere muitas mudanças logo de cara. Afinal, a empresa quer continuar sua fórmula lucrativa e deve manter o foco no entretenimento em vez de jogar o holofote na luta livre. Qual sua opinião sobre o futuro do pro-wrestling?

Triple H na rampa do palco da WWE

Divulgação/WWE