Jan Thijs/Prime Video
A nova temporada, que estreia nesta sexta-feira (3), mostra um lado pouco explorado dos personagens extraordinários
A terceira temporada de The Boys estreia nesta sexta-feira (3) no Prime Video. Em termos de retratação dos super-heróis, a série foge do padrão típico da DC e Marvel. E, por isso, a trama criada por Eric Kripke tem mais destaque do que as histórias do Disney+, da HBO Max e da própria Netflix. A visão realista dos personagens extraordinários é um frescor para os olhos de quem já assistiu muito Capitão América e Superman.
Nesta nova etapa de The Boys, os protagonistas encaram desafios inéditos. Hughie Campbell (Jack Quaid) começa sua aventura nos escritórios do governo norte-americano, enquanto Billy Butcher (Karl Urban) procura uma solução definitiva para os super-heróis: poderes próprios.
Já Leitinho da Mamãe (Laz Alonso) conseguiu voltar para casa e reencontrar a mulher e a filha. Ao mesmo tempo, Francês (Tomer Capone) e Kimiko (Karen Fukuhara) decidiram reforçar a parceria para continuarem juntos em busca de aventuras perigosas.
Com os novos episódios de The Boys à vista, a Tangerina decidiu mostrar por quais motivos a série do Prime Video tem a melhor história de super-heróis no streaming. Confira!
Jessie T. Usher na série de The Boys
Jan Thijs/Prime Video
Tanto nas HQs quanto no MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), os heróis nunca quebram a lei. O código moral desses personagens não permite qualquer tipo de egoísmo, ganância ou luxúria. Enquanto isso no mundo real, as pessoas com poder (aquisitivo ou político) torcem as regras, abusam do privilégio e continuam afligindo a humanidade. Então, por que as histórias dos Vingadores e companhia não refletem a sociedade atual?
A DC e a Marvel traçam paralelos com outros aspectos do passado e do presente. No entanto, nenhuma delas consegue trazer o impacto de The Boys. A série do Prime Video mostra como as habilidades extraordinárias podem corromper até um “suposto herói”, assim como o poder econômico consegue deteriorar o julgamento de uma pessoa.
Antony Starr em cena de The Boys
Divulgação/Prime Video
Enquanto as empresas conhecidas pelas histórias de super-heróis buscam agradar a todas as faixas etárias com suas produções, o Prime Video tenta trazer a história mais realista possível. Em um mundo de personagens com poderes sobre-humanos, a violência é algo comum. Portanto, em vez de esconder o sangue das cenas de ação, The Boys evidencia até demais os momentos brutais.
Desde a primeira cena com A-Train (Jessie T. Usher) e a namorada de Hughie até a luta insana entre Estelar (Erin Moriarty), Rainha Maeve (Dominique McElligott), Kimiko (Karen Fukuhara) e Tempesta (Aya Cash), The Boys deixou claro o tom sangrento desta série de heróis.
Karl Urban como Butcher na série de heróis
Divulgação/Prime Video
No meio de tanta confusão e violência, o alívio cômico é essencial para a história não ficar pesada. O grupo que caça super-heróis, conhecido como Os Meninos, é o principal responsável por colocar um sorriso nos fãs de The Boys.
Hughie, o jovem desastrado e medroso, Butcher, líder e rei do sarcasmo, Leitinho da Mamãe, dono do melhor apelido da série, e Frenchie, apaixonado pela misteriosa e perigosa Kimiko, matam super-heróis e fazem piadas até nas horas mais complicadas. Impossível não gostar deste grupo excêntrico, né?
Aya Cash na série original do Prime Video
Divulgação/Prime Video
Na segunda temporada, a antagonista principal foi Tempesta. Após se tornar parte dos Sete no lugar do Translúcido (Alex Hassell), a personagem causou terror para os aliados de Butcher. A identidade real da suposta heroína é Klara Risinger, nascida na Alemanha mais de 100 anos antes dos eventos da série. Membro do Partido Nazista, ela usou o Capitão Pátria (Antony Starr) para conquistar a admiração do público.
O Prime Video não tem medo de referenciar eventos históricos e misturá-los com a trama dos heróis. Ao mesmo tempo, DC e Marvel fazem de tudo para não entrar em polêmicas e, principalmente, para não mostrar o lado político das empresas.
Trailer de The Boys
O Capitão Pátria é o personagem mais interessante da série
Antes de falar do personagem em si, Antony Starr merece todos os elogios possíveis. Desde a caracterização do herói até as pequenas nuances de emoção do personagem, o ator consegue captar com excelência a aura do Capitão Pátria.
O suposto herói é a personificação do Superman realista. Com todo o poder do mundo, ele abusa das habilidades para conseguir o que quer, porque ninguém é capaz de detê-lo. Mas, ao mesmo tempo, o Capitão Pátria também precisa ser político na frente das câmeras e da sociedade. E, por isso, Eric Kripke tem o seu melhor personagem, vilão, anti-herói, chame do que você quiser, em mãos.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
Ver mais conteúdos de Victor CierroTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
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