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Os dispositivos móveis da Apple são uma grande plataforma para games. A Tangerina separou os 20 melhores
Desde seu lançamento, em 2007, o iPhone se transformou em uma grande plataforma para games. Com seu sistema operacional exclusivo, o iOS, que também está no iPad, o dispositivo móvel conseguiu atrair muitos desenvolvedores de jogos, que precisam se preocupar com menos configurações de celulares para seus jogos do que no Android. Mas quais são os melhores jogos para iOS, o sistema de iPhone e iPad?
Ao longo dos anos, o iPhone e o iPad viraram casa para muitos jogos inesquecíveis. Comprou algum desses dispositivos e não sabe o que jogar? A Tangerina separou os melhores da plataforma.
Aqui, você verá jogos gratuitos e jogos pagos na App Store, além de alguns títulos exclusivos do Apple Arcade, serviço de assinatura de games exclusivos da dona do iPhone. A lista estará em constante atualização, então fique ligado para ver o que há de melhor para jogar no seu celular!
Sky: Children of the Light é jornada belíssima entre sete reinos
Divulgação/thatgamecompany
Ao longo dos anos, a desenvolvedora thatgamecompany se especializou em usar jogos para contar histórias de formas absolutamente simples, usando estímulos sonoros e visuais em detrimento de palavras.
Sky: Filhos da Luz —ou Sky: Children of the Light, em inglês— é a consolidação desse estilo artístico de narrativo, no qual você é um jovem que usa uma capa para voar e explorar sete reinos diferentes, cada um representando uma etapa da vida.
O grande trunfo de Sky é oferecer uma experiência cativante por cenários belíssimos, na qual a narrativa vai te conduzindo por diversas emoções. Surpreende também a maneira como jogo tem diversas interações sociais com outros jogadores, mas, como não há comunicação direta, é basicamente impossível atrapalhar alguém. É um jogo à prova de comportamento tóxico. – Bruno Silva
Jogo de aventura com editor de mapas, Wonderbox é exclusivo da Aquiris para o Apple Arcade
Divulgação/Aquiris
Muitos jogos de aventura te colocam em mundos fantásticos. Mas e se você pudesse criar o seu próprio cenário? Esse é um dos desafios de Wonderbox, título desenvolvido pelo estúdio brasileiro Aquiris.
Exclusivo do Apple Arcade, o serviço de games por assinatura do iOS, Wonderbox oferece uma série de dioramas em castelos, vilarejos e outros cenários típicos de um RPG, mas a graça do jogo é justamente criar o seu próprio mapa, cujo editor é surpreendentemente robusto e de interface simples para a tela do smartphone. – Bruno Silva
Fantasian é jogo do criador de Final Fantasy para smartphones
Reprodução/Mistwalker
Fantasian é um ótimo exemplo de como pegar um estilo de jogo clássico e revigorá-lo com uma ideia criativa. O título, exclusivo do Apple Arcade, é um RPG que usa dioramas feitos à mão para compor os cenários.
Criado por Hironobu Sakaguchi, o pai de Final Fantasy, Fantasian traz todos os elementos de sua época como comandante da franquia, com encontros aleatórios, batalhas por turno e um foco maior na história. Na trama, você é Leo, um jovem transportado sem memórias para um novo mundo.
Em Fantasian, há um foco mais em curtir os cenários, já que é possível pular batalhas contra inimigos que você já enfrentou anteriormente. O que é um ponto positivo, já que são 150 dioramas para apreciar ao longo da aventura. – Bruno Silva
The Artful Escape traz jornada lisérgica de autodescoberta
Divulgação/Annapurna Interactive
Uma jornada cósmica de plataforma recheada de música interativa e visuais impressionantes. The Artful Escape oferece uma aventura deslumbrante onde o jogador acompanha o jovem Francis Vendetti que vive em conflito por viver à sombra de seu tio, Johnson, uma lenda da música folk.
A necessidade de Francis em descobrir o próprio caminho o leva a uma jornada em que segmentos de plataforma são sincronizados aos solos de guitarra e ao que acontece no cenário, com momentos de pura lisergia que poucos jogos baseados em ritmo ousam seguir.
É um jogo curto, com cerca de quatro horas de duração, em que acompanhamos o crescimento de um jovem que precisa lidar com os fantasmas do passado para encontrar sua essência. – Bruno Silva e Jessica Pinheiro
Em Sayonara Wild Hearts, você viaja no ritmo da música
Reprodução/Annapurna Interactive
Não existe descrição melhor para Sayonara Wild Hearts do que a fornecida pelos próprios criadores: é uma mistura de video game com álbum pop.
No jogo, sua personagem atravessa cenários repletos de neon e cores fortes em veículos como motos ou carros, enquanto passa por obstáculos, muitas vezes no mesmo ritmo da música. É quase como uma instalação de arte interativa, na qual música e visual agem em sincronia para oferecer uma experiência única. – Bruno Silva
Oceanhorn 2 é aventura vasta no estilo de Zelda para iPhone
Reprodução/Cornfox & Bros.
Exclusivo do Apple Arcade, Oceanhorn 2 é um jogo de aventura em mundo aberto com uma qualidade técnica e gráfica que não deve em nada a de títulos similares nos consoles ou no PC.
Bebendo da fonte de The Legend of Zelda, Oceanhorn 2 conta a história de um herói que deseja salvar um reino da destruição. Assim como o clássico da Nintendo, Oceanhorn 2 oferece um mundo cheio de criaturas perigosas e cenários como cavernas, masmorras e castelos, além de um amplo campo aberto que serve como ambiente principal. – Bruno Silva
Free Fire é um caso de sucesso absoluto no cenário mobile do Brasil
Reprodução/Garena
No mundo dos jogos battle royale, na qual você e outros jogadores caem em uma ilha sem recursos e precisam duelar entre si até que apenas um sobreviva, Free Fire é o rei no mercado de smartphones.
Seu segredo é a acessibilidade, não só pelo fato de ser compatível com uma série de aparelhos diferentes, mas também pela estrutura de jogo simples, rápida e descomplicada.
As partidas, que envolvem até 50 jogadores, costumam durar em média quinze minutos e a ação é rápida e de fácil aprendizado, na qual os comandos de correr, pular e atirar são claros e não atrapalham a visão mesmo com os botões ocupando a tela do celular.
Outro fator que também joga a favor de Free Fire é a popularidade. Todo jogo multiplayer precisa de uma comunidade ativa para manter aceso o interesse de quem está começando, e isso não parece ser um problema para o título da Garena, que teve 150 milhões de pessoas jogando o game diariamente em 2021. – Bruno Silva
Pokémon GO traz os monstrinhos de bolso para o mundo real
Divulgação/The Pokémon Company
Pokémon GO levou multidões às ruas quando saiu, entre julho e agosto de 2016. A febre passou, mas nestes cinco anos o jogo evoluiu de forma consistente até se tornar uma experiência completa.
Sua maior qualidade é a sua proposta simples, na qual você encontra e captura monstrinhos de bolso no mundo real utilizando o GPS e a câmera do celular, deixando mais próximo da realidade o sonho coletivo de uma geração.
Nos primeiros anos, a falta de atividades para além disso afastou muita gente, mas esse problema foi sanado e, agora, Pokémon GO tem um robusto calendário de eventos e atividades, com frequência quase semanal, que se encarregam de manter a comunidade ativa. Além de capturar e encontrar mais de 700 pokémon, você também pode trocar, batalhar contra outros treinadores, buscar pokémon raros e super fortes em lutas coletivas chamadas reides, tornando Pokémon GO não apenas um dos melhores jogos de Android, mas também um dos melhores jogos de iOS e de Pokémon na atualidade. – Bruno Silva
Beatstar te coloca para tocar hits do pop e rock
Reprodução/Space Ape Games
Beatstar é um jogo de ritmo que consegue extrair o que há de melhor de suas músicas com um formato intuitivo e super simples. Entretanto, o título pode ser bem desafiador em suas músicas mais difíceis, que fazem combinações mirabolantes e exigem reflexo rápido.
Falando em músicas, a seleção de Beatstar é uma das mais completas e ecléticas de qualquer jogo de música. O jogo vai do k-pop ao metal, passando por praticamente todos os gêneros musicais de sucesso dos últimos 50 anos.
Por fim, Beatstar incentiva a socialização e competição com os amigos com um sistema de placar que incentiva você a tirar onda com as outras pessoas quando supera seus placares. Dá um pouco de raiva? Às vezes. Mas também é legal quando você consegue vencer. – Bruno Silva
Jogo de cartas no universo de The Witcher, Gwent ganhou vida própria
Reprodução/CD Projekt
Gwent é fácil de aprender e difícil de dominar, o que é uma combinação excelente quando se trata de um jogo de cartas. Neste derivado de The Witcher, o objetivo é vencer uma disputa de três rodadas acumulando pontos, que são obtidos duelando cartas em um tabuleiro.
O segredo está na combinação de cartas, que podem dizimar o exército adversário ou fortalecer sua estratégia. Montar uma defesa sólida ou partir para o ataque e não deixar o adversário garantir pontos? Depende do seu estilo de jogo.
Como em todo jogo de cartas, um dos desafios de Gwent é montar o seu baralho, e aqui está outro diferencial do jogo, no qual obter cartas novas é bastante acessível. – Bruno
Horizon Chase Turbo é nostalgia pura para os fãs de jogos de corrida arcade
Reprodução/Aquiris
Horizon Chase consegue capturar como poucos o espírito de jogos de corrida clássicos de plataformas como o Super Nintendo ou o Mega Drive, em que você não precisava se preocupar com coisas como física de colisão ou a tração do seu carro.
Nesse espírito, o jogo faz você viajar ao redor do mundo, em pistas que passeiam por marcos históricos e pontos turísticos nos quais você consegue aproveitar a passagem enquanto está buscando terminar a corrida em primeiro lugar.
Para finalizar, Horizon Chase tem DNA brasileiro. Produzido pelo estúdio gaúcho Aquiris, o jogo faz diversos agrados a nossa pátria, com pistas em Niterói (RJ), Brasília (DF), Salvador e Chapada Diamantina (BA). – Bruno Silva
Wild Rift é a versão de League of Legends para smartphones
Reprodução/Riot Games
Muito se especulou sobre a chegada de League of Legends ao smartphone depois de seu avassalador sucesso no PC desde 2012. Quando Wild Rift finalmente foi lançado, a espera valeu a pena, com uma ótima conversão para o estilo de jogo de LoL para o celular.
Assim como o League of Legends de PC, Wild Rift é um MOBA, um jogo em que duas equipes de cinco jogadores, que precisam destruir a base do time rival. Para completar o objetivo, você entra na pele de um herói com habilidades específicas e precisa evoluí-lo em combates contra os seus oponentes, além de outras criaturas no cenário.
O trunfo de Wild Rift é justamente reproduzir a complicada e às vezes confusa ação do League of Legends de computador para a tela do celular, passando uma série de comandos e ações que os campeões são capazes de fazer de uma forma simples. – Bruno Silva
Você pode ser tripulante ou impostor em Among Us
Reprodução/InnerSloth
Among Us é o caso de uma brincadeira com premissa simples que consegue ser adaptada com perfeição para um modelo digital. Você provavelmente já deve ter brincado disso quando criança, em um jogo no qual um grupo de pessoas precisa descobrir quem é o impostor.
No jogo, um grupo é colocado em um cenário —uma espaçonave, uma base espacial, entre outros— e, entre eles, há um ou mais impostores. Os tripulantes precisam completar tarefas enquanto desvendam a identidade do impostor que, por sua vez, precisa eliminar a tripulação.
O sucesso de Among Us é trazer a brincadeira com competência e bom-humor, no qual cada partida é diferente e sempre existem chances de surpreender ou ser surpreendido. – Bruno Silva
Combine múltiplos de três no jogo de quebra-cabeça Threes!
Reprodução/Sirvo
Jogos que desafiam a lógica encontraram nos smartphones um habitat natural e, entre eles, não há título mais famoso —e plagiado— do que Threes!.
O jogo te coloca diante de uma tabela com 16 espaços com números. Seu objetivo é mexer os números de forma a acumular o máximo de números múltiplos de 3, por meio de soma ou multiplicação. A descrição parece complicada, mas a interface simples e o ritmo rápido das partidas fazem você aprender sem muitas dificuldades. Quando mais múltiplos de 3, maior o seu placar.
O sucesso estrondoso de Threes! levou o game a ser copiado e essas versões, gratuitas, acabaram ofuscando um pouco seu brilho. Mas vale conferir a obra original. – Bruno Silva
Monument Valley tem desafios com perspectiva no celular
Divulgação/ustwo games
Monument Valley é um dos exemplos mais brilhantes de como utilizar o smartphone para criar experiências diferentes e completamente adaptadas à plataforma.
No jogo, você conduz a princesa Ida em uma série de fases que combinam geometria com surrealismo, no melhor estilo do pintor M.C. Escher (1898-1972), À medida que você progride, os níveis ficam cada vez mais complexos, desafiando cada vez mais a sua percepção.
Tudo isso é embalado por um traço simples mas belíssimo, que transforma Monument Valley em uma verdadeira obra de arte interativa. É um dos melhores jogos de iOS de todos os tempos. – Bruno Silva
Disponível no smartphone, Mario Kart Tour leva o encanador a circuitos de cidades reais
Reprodução/Nintendo
Mario Kart Tour teve uma certa dificuldade de se estabelecer quando chegou aos smartphones em 2019. Desde então, a Nintendo apostou em um ritmo constante de conteúdo que deixou a experiência mais robusta.
Ao contrário da versão para consoles, Mario Kart Tour cuida da aceleração do seu carro, e cabe a você direcioná-lo e decidir quando vai derrapar nas curvas. A jogabilidade é um pouco mais simples, mas casa muito bem com a proposta da plataforma, na qual, além de terminar em primeiro, você também pode coletar pontos e obter muitos colecionáveis para Mario e seus amigos.
A cereja no bolo fica por conta da incursão do encanador e sua turma no mundo real, com circuitos inspirados em cidades como Nova York, Paris, Tokyo e Sydney, além das já famosas pistas do game para console. – Bruno Silva
The King of Fighters Allstar é versão do clássico game de luta para o smartphone
Divulgação/Netmarble
Jogos de luta não tiveram tanto sucesso nos smartphones como em outras plataformas, mas The King of Fighters Allstar é uma rara exceção.
O segredo deste game, que adapta um clássico dos fliperamas e consoles para o mobile, é justamente subverter algumas das regras de suas versões clássicas. Aqui, você enfrenta diversos oponentes em um cenário, de forma similar a jogos beat em’up como Battletoads e Streets of Rage.
Com comandos simples e bem adaptados à tela do smartphone, e um elenco enorme, The King of Fighters Allstar consegue trazer um modelo interessante para o gênero, transportando personagens clássicos à plataforma mobile. – Bruno Silva
Gerencie a carreira e cuide dos integrantes do BTS trocando mensagens e mais, em BTS World
Reprodução/Netmarble
Se você não é fã de k-pop, pode até torcer o nariz para BTS World, que obviamente parece capitalizaf em cima do sucesso de um dos maiores grupos de música coreana do planeta. Mas, por trás das fotos dos joven fazendo caretas ou sorrindo, há um game de gerenciamento surpreendentemente complexo.
BTS World não te coloca na pele de um dos integrantes da banda, mas sim no papel de um agente, contando as histórias de cada um dos membros, como Jimin, J-Hope, Jin ou Suga, desde um ano antes da formação do grupo, em 2013, até 2019, ano de lançamento do game.
Além de mostrar a história da formação do grupo, o desafio de BTS World é justamente gerenciar as carreiras de cada um dos integrantes do grupo, fazendo-os evoluir como artistas. – Bruno Silva
Não se deixe enganar pelo visual: Retro Goal é jogo de futebol completo
Reprodução/New Star Games
Jogos de esporte não costumam ser uma categoria muito bem contemplada nos smartphones. Por isso, entre os jogos de iOS, Retro Goal chama ainda mais a atenção por aliar tudo do que se espera de um game de futebol sem os excessos dos expoentes desse gênero.
Com um estilo gráfico que remete ao de jogos do final dos anos 1980 e início dos anos 1990, Retro Goal te coloca no comando de um time de futebol em meio de tabela em ligas como a inglesa, espanhola, alemã, francesa, italiana ou brasileira. A partir daí, você precisa levar sua equipe ao sucesso controlando-a em campo.
Retro Goal impressiona ao conseguir transportar movimentos rápidos de uma partida de futebol, como dominadas de bola tirando o marcador ou passes mais complexos, usando apenas os movimentos de toque na tela. Tudo isso com um gráfico retrô que dá um charme extra à campanha do seu time. – Bruno Silva
Em Stardew Valley, você gerencia uma fazenda em uma simpática cidadezinha
Reprodução/ConcernedApe/Chucklefish
A princípio, Stardew Valley parece ser um jogo simples. Seu protagonista, completamente customizável, decide largar o emprego na cidade grande após descobrir que seu recém-falecido avô lhe deixou como herança uma fazenda na cidade que dá nome ao game. Portanto, você começa o jogo desembarcando no vilarejo, justamente em busca de uma vida simples.
Mas, ao chegar lá e se deparar com um lote completamente abandonado, você percebe que a sua tarefa será, tudo, menos simples. Cuidar da sua fazenda é o objetivo principal de Stardew Valley, mas o jogo aos poucos vai se desdobrando, de forma impressionante, em uma série de outras atividades, que vão de coisas simples como pesca a outras mais complexas como desbravar cavernas de cem andares ou conquistar a pessoa amada.
Tudo isso sem deixar de lado uma atmosfera idílica e uma sensação relaxante em um jogo que consegue dosar duas ótimas sensações: a de entrar em uma aventura e a de cuidar de algo que gosta. Um dos melhores jogos para curtir no iOS. – Bruno Silva
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Bruno Silva
Editor de games e animes na Tangerina, Bruno Silva é brasiliense e fã de basquete. Jornalista, apresentador e streamer, foi co-criador do The Enemy e já publicou no Omelete, Nerdbunker, Metrópoles e Correio Braziliense.
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