Divulgação/Carlijn Jacobs
Cantora definiu familiar como sua 'fada madrinha' no encarte do novo álbum
Entre os agradecimentos aos filhos e marido, Beyoncé deixou uma dedicatória especial no disco Renaissance. “Muito obrigada ao meu tio Jonny. Ele foi a minha fada-madrinha e a primeira pessoa a me expor para muita música e cultura que serviram como inspiração para esse álbum”, escreveu ela, em um texto publicado no site oficial e que também acompanha o encarte da edição de vinil do projeto.
A mãe de Beyoncé, Tina Knowles, aproveitou a oportunidade para falar mais sobre a história do familiar nas redes sociais. Jonny era filho da irmã de Tina, Selena, mas foi criado como um irmão dela, por conta da diferença de idade de apenas dois anos. Por isso, as filhas da designer sempre o chamaram de “tio Jonny”. Ele morreu quando Beyoncé tinha 17 anos, devido a complicações causadas pelo vírus HIV.
A cantora já tinha falado sobre a história do familiar em 2019, quando foi homenageada no Glaad Media Awards, premiação que enaltece representantes LGBTQIA+ do entretenimento. “Quero dedicar este prêmio ao meu tio Jonny, o gay mais fabuloso que já conheci, que ajudou a criar a mim e minha irmã”, disse ela no palco.
“E testemunhar sua batalha contra o HIV foi uma das experiências mais dolorosas que já vivi. Espero que sua luta tenha servido para abrir caminhos para outros jovens viverem mais livremente. Direitos LGBTQIA+ são direitos humanos”, acrescentou Beyoncé.
Tina Knowles também falou sobre a morte do sobrinho em uma postagem. “Quando ele morreu, um pedaço de mim foi com ele. Solange e Beyoncé o adoravam. Ele me ajudou a criá-las. E influenciou seu senso de estilo e singularidade! Ele fez o vestido de baile de Beyoncé”, explicou. Os dons para a costura acabaram entrando em Renaissance. Na faixa Heated, Beyoncé canta “tio Jonny fez o meu vestido”.
A mãe da cantora ainda revelou que Jonny era fã de house music. O gênero, que ganhou destaque no novo álbum, se tornou comum em baladas frequentadas pela população LGBTQIA+ nos Estados Unidos, especialmente entre negros e latinos.
Na dedicatória do projeto, Beyoncé também aproveitou para deixar um agradecimento mais amplo: “Obrigada a todos os pioneiros que originaram a cultura, a todos os anjos caídos cujas contribuições não foram reconhecidas durante muito tempo.”
Lucas Almeida
Repórter. Passou pela MTV Brasil e Veja.com. É fã de um pop triste e não deixa de ouvir todos os lançamentos musicais da semana.
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