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Robert Sheehan e Justin H. Min em cena de The Umbrella Academy, série da Netflix

Divulgação/Netflix

Crise no Streaming

Em dois meses, Netflix demitiu 450 funcionários no mundo inteiro

Desde registrar sua primeira queda no número de assinantes, o serviço de streaming tem tentado cortar os gastos em equipe e conteúdo

Victor Cierro
Victor Cierro

A guerra entre streamings está colecionando vítimas. Desde a queda do número de assinantes no primeiro trimestre de 2022, a Netflix tenta diminuir seus custos. Nos últimos dois meses, o serviço já demitiu 450 funcionários no mundo inteiro. A maior plataforma do planeta nesta categoria parece estar em apuros.

Nesta quinta-feira (23), a Netflix comunicou a demissão de mais 300 pessoas. E ninguém está seguro dentro da empresa. Entre os funcionários, 216 trabalhavam no Canadá e nos Estados Unidos, 53 ocupavam cargos na África, Europa e Oriente Médio, 30 dedicavam-se ao mercado asiático e, por fim, 17 eram da América Latina.

Em maio, outros 150 funcionários tinham sido demitidos. O motivo? De acordo com a própria Netflix, a desaceleração do crescimento da receita foi a principal razão. Além disso, a plataforma de streaming também encerrou o acordo com dezenas de empresas, especialmente na área de redes sociais.

Justificativa da Netflix

“Nós sabemos que essas duas rodadas de demissões foram muito difíceis para todos, criando muita ansiedade e incerteza. A gente planeja voltar a um curso mais normal de negócios daqui para a frente. E à medida que reduzimos algumas áreas, nós também continuamos investindo quantias significativas em nosso conteúdo e pessoas”, comunicou Reed Hastings e Ted Sarandos, os dois co-chefes da Netflix.

Além da guerra entre os streamings, o confronto armado na Ucrânia também afetou os negócios da Netflix. No primeiro balanço geral de 2022, a plataforma registrou a perda de 700 mil usuários por conta do desligamento do serviço na Rússia.

E, olha, o futuro da Netflix não parece nada bom. Para o segundo trimestre deste ano, o serviço de streaming projetou uma perda de mais 2 milhões de assinantes. Dá para acreditar? Desde 3 de janeiro, o primeiro dia de negociação em 2022, as ações da maior plataforma do mundo caíram cerca de 70%.

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Victor Cierro

Victor Cierro

Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.

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