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Jon Bernthal

Divulgação/Paramount+

REFORMULAÇÃO

Na onda da HBO Max, Paramount+ removerá séries flopadas do catálogo

Plataforma vai excluir do catálogo atrações que duraram poucas temporadas; projetos podem ser negociados com outros streamings

André Zuliani

Retirar séries flopadas do catálogo de serviços de streamings parece ter virado moda em Hollywood. Para conter gastos e evitar maiores prejuízos, o Paramount+ vai seguir a mesma estratégia utilizada pela HBO Max e removerá atrações que deram pouco retorno –financeiro e de público.

Segundo fontes ouvidas pelo site Deadline, as recém-canceladas Deixa Ela Entrar (2022) e Gigolô Americano (2022) vão deixar o catálogo do Paramount+. O mesmo acontecerá com séries que tiveram vida curta e foram ceifadas, como Wakefield (2016), Como Se Tornar Uma Divindade na Flórida (2019), Kidding (2018-2020) e American Rust –a última foi resgatada pelo nanico Amazon Freevee e deve migrar para a plataforma.

As remoções fazem parte da integração do canal Showtime ao Paramount+, anunciada na segunda (30), que inclui a repaginação total da marca para Paramount+ with Showtime ainda este ano. Como parte das mudanças, a empresa “desviará o investimento de áreas com baixo desempenho e que respondem por menos de 10% de nossas visualizações”, disse Chris McCarthy, chefe de conteúdo do Showtime, em comunicado enviado a jornalistas.

A estratégia de retirar séries flopadas do catálogo foi inicialmente utilizada pela HBO Max. Sob o comando de David Zaslav, CEO da Warner Bros. Discovery, a plataforma ceifou diversas produções originais e as excluiu de sua relação para conter gastos a qualquer custo. Algumas das vítimas foram as canceladas Westworld (2016-2022) e The Nevers (2021).

O Showtime não definiu uma data oficial para a saída destas atrações do catálogo, nem se as retiradas ocorreram de maneira simultânea em todos os países nos quais o Paramount+ está disponível. Para saber todas as atualizações do caso, fique ligado na Tangerina.

Deixa Ela Entrar era a mais recente adaptação do romance sueco de mesmo nome escrito por John Ajvide Lindqvist. Anteriormente, a obra havia inspirado dois longas-metragens: um sueco, de 2008, e um norte-americano, de 2010, estrelado por Chloë Grace Moretz (Periféricos) e Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães).

No centro da história estavam Mark (o indicado ao Oscar Demián Bichir) e Eleanor Kane (Madison Taylor Baez), pai e filha que se mudavam para Nova York com a intenção de ficar para sempre depois de anos vivendo como nômades pelo país. A brasileira Fernanda Andrade aparecia em flashbacks como a mãe de Eleanor e mulher de Mark.

Já Gigolô Americano atualizava o filme de 1980 que transformou Richard Gere em símbolo sexual. Jon Bernthal (O Justiceiro) assumiu o papel do garoto de programa de luxo Julian Kane, um homem sedutor acusado injustamente de assassinato. Ele deixava a prisão após cumprir 15 anos de pena e, após a verdade vir à tona, aproveita sua liberdade para tentar reconstruir a vida que lhe tinha sido tirada com uma armação para incriminá-lo pela tragédia.

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André Zuliani

Repórter de séries e filmes. Viciado em cultura pop, acompanha o mundo do entretenimento desde 2013. Tem pós-graduação em Jornalismo Digital pela ESPM e foi redator do Omelete.

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