Divulgação/Eduardo Bravin
Cantora desabafou sobre repercussões que alcança com a vida pessoal e citou críticas recebidas por Carmen Miranda, durante lançamento de novo clipe
Anitta abriu o jogo sobre as críticas que tem recebido desde que anunciou o apoio a Lula (PT) para as eleições de 2022. Durante uma conversa com a imprensa da América Latina para divulgar o lançamento do clipe de Gata, a cantora comentou sobre a repercussão de cada posicionamento pessoal que emite. “Só me dei conta disso quando me pediram uma opinião política e não entendia nada. Odeio ser leiga nos assuntos e fui estudar. Hoje em dia, estou me metendo até demais”, disse, com bom humor.
Citando comparações com o sucesso internacional de Carmen Miranda (1909-1955), Anitta acredita que a atenção que recebe é decorrente dos passos que trilhou fora do Brasil. “Isso traz uma importância para tudo o que você pensa e fala”, comentou. Ela ainda aproveitou para mandar um recado a quem se incomoda com as opiniões pessoais.
“Não dá para me chamar para um problema e esperar que eu responda como a maré vai levando”, disse. Anitta recebeu críticas por apoiar o candidato do PT, mas repetir diversas vezes que não é aliada ao partido. “Acho que isso causa interesse do público, quando uma pessoa fala uma coisa sem se preocupar com a maioria”, complementou.
A cantora aproveitou para alfinetar a repercussão por polêmicas envolvendo sua vida pessoal. Na sua opinião, ela não recebe a mesma atenção quando fala de questões profissionais, como os recordes do hit Envolver. “Se essas coisas também tivessem o mesmo destaque e tamanho do que as baixarias, eu não estaria nem aí. Mas é como se eu estivesse remando contra a maré”, desabafou.
Indicada a melhor música latina no VMA 2022, Anitta foi anunciada nesta sexta-feira (5) como uma das atrações confirmadas no evento. A cantora tinha participado da última edição, em uma performance pré-gravada de Girl From Rio. “Dessa vez, será ao vivo no palco. Cada ano, é uma etapa que a gente ultrapassa. Vai ser um babado”, comemorou ela.
A brasileira ainda compartilhou que tem vontade de fazer uma colaboração com Rosalía. As duas já se conhecem, mas ela se mostrou empolgada com a possibilidade de reencontrar a espanhola na premiação.
Enquanto isso, Anitta se dedica aos lançamentos que integrarão a versão estendida do álbum Versions of Me (2022). Ela ainda divulgará duas inéditas antes do projeto completo: El Que Espera, com o colombiano Maluma e Lobby, aguardada parceria com a rapper norte-americana Missy Elliott.
O lançamento do álbum acabou sendo adiado no planejamento original de Anitta para que ela pudesse gravar os clipes das três faixas com antecedência. Em Gata, ela aparece sozinha, para promover o seu perfume íntimo. “A Cimed que resolveu”, contou ela sobre o investimento do vídeo. A farmacêutica é responsável pela fabricação do novo produto.
A gravação favorita de Anitta foi com Maluma. A produção foi feita em Ibiza, na Espanha. “Eu não o via há um tempo, e a gente se diverte demais juntos”, contou sobre os bastidores. Os dois representarão um casal de cinema que vive um relacionamento nas telas. “Você fica sem saber se é um romance que está só no filme ou se acontece na vida real”, comenta ela sobre a história, semelhante ao affair que os artistas viveram há alguns anos.
A parceria com Missy Elliott encerrará as divulgações inéditas. “A gente mandou os meus trabalhos, ela falou que adora o Brasil e super aceitou”, relembrou Anitta sobre o início da colaboração. Conhecida por ter pulso firme no set, a cantora disse que não se preocupou durante as gravações feitas em Atlanta, nos Estados Unidos.
“Uma coisa marcante das Missy Elliott são os clipes icônicos. Não palpitei em nem uma vírgula”, elogiou Anitta. “Ela é bem perfeccionista, mas foi tudo tranquilo.”
O encontro virtual com a imprensa aconteceu no mesmo dia da morte de Jô Soares. Entrevistada no icônico talk show do apresentador, ela lamentou a notícia. “Ele era é uma pessoa genial. Falou de coisas da minha carreira que estavam muito longe de acontecer”, relembrou. “Com o fato da pessoa estar mais velha e debilitada, a gente recebe com um pouco mais de entendimento do que alguém mais jovem. O Brasil perdeu, mas vai ficar eternizado esse homem que o Jô era. Só tenho a agradecer para ele.”
Lucas Almeida
Repórter. Passou pela MTV Brasil e Veja.com. É fã de um pop triste e não deixa de ouvir todos os lançamentos musicais da semana.
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