Arte/Tangerina sobre imagens de Divulgação/PlayStation
Os principais títulos de um dos consoles mais populares de todos os tempos
Definir os 20 melhores jogos do PlayStation 2 não é uma tarefa fácil. Afinal, estamos falando de uma das plataformas de games mais populares de todos os tempos, que teve mais de 155 milhões de unidades vendidas. No Brasil, esse sucesso se traduz em uma longevidade impressionante, já que o console adentrou a década de 2020 como o terceiro mais popular do país.
Hoje, o PS2 já não é mais fabricado pela Sony e não tem novos lançamentos de renome, mas deixa como legado uma biblioteca de títulos impressionante, fruto de um período em que reinou de forma absoluta como a principal plataforma para jogar. Se você ainda tem um PS2 ou conseguiu uma unidade do console, o que não faltam são bons jogos. Nessa lista, a Tangerina separou os 20 melhores. Confira:
God of War II eleva a experiência da franquia para outro patamar
Reprodução/Sony
God of War mudou tudo para o PlayStation. Sua combinação épica de ação com elementos da mitologia grega tornaram o jogo um sucesso instantâneo no PS2, e a continuação, God of War II, melhora tudo o que já havia de bom no primeiro jogo.
God of War II traz o conflito do espartano Kratos contra Zeus, em uma aventura na qual ele precisa recuperar seus poderes, tomados pelo comandante do Olimpo, e se vingar. A jornada leva o guerreiro a cantos longínquos da mitologia grega, com diversas épicas.
Lançado no final da vida do PlayStation 2, God of War II também impressiona no quesito técnico, utilizando ao máximo os recursos do console. – Bruno Silva
Ōkami é uma obra de arte interativa
Reprodução/Capcom
Jogar Ōkami é quase como pintar um quadro, por mais estranha que essa frase possa parecer. Isso porque o jogador controla Amaterasu, a deusa do Sol, na forma de uma loba branca. Sua missão é impedir que a serpente demoníaca de oito cabeças, Orochi, destrua o mundo de Nippon.
Para tanto, Amaterasu faz uso do Pincel Celestial. É através das mecânicas desse material que o jogo verdadeiramente brilha. Afinal, à medida que o jogador progride e consegue novas habilidades para o utensílio, mais dinâmica se torna a exploração.
Com o pincel, também é possível solucionar enigmas, finalizar inimigos e principalmente colorir e alterar o mundo ao seu redor, incluindo trocar o ciclo do dia e transformá-lo em noite, construir pontes, reparar objetos quebrados, dentre outras possibilidades.
Nas batalhas, Amaterasu pode atacar e desviar das investidas dos inimigos, mas é apenas com o Pincel Celestial que eles são verdadeiramente derrotados. Além de suas habilidades, a deusa do Sol também conta com o auxílio de Issun, um inseto engraçado que irá guiar a loba branca e ensiná-la a usar apropriadamente o pincel.
Some a jogabilidade, as mecânicas, e a belíssima trilha sonora ao design artístico do jogo fortemente inspirado no estilo de pintura sumi-ê com acabamento cel-shading, e você tem Ōkami: uma aventura belíssima e envolvente. – Jessica Pinheiro
Com muitas melhorias na jogabilidade, Kingdom Hearts II é um dos melhores da série ainda hoje
Reprodução/Square Enix
Fruto de uma parceria improvável, porém promissora, entre a Square Enix e a Disney, o primeiro Kingdom Hearts fez tanto sucesso que rendeu algumas sequências e produtos derivados nos anos seguintes. Mas um dos pontos altos da franquia, sem sombra de dúvidas, é Kingdom Hearts II.
Este RPG de ação com elementos de hack ‘n slash coloca novamente o jogador no controle de Sora, Pateta e Donald, que acordam de um sono induzido um ano depois dos acontecimentos do Kingdom Hearts original. Primariamente, a missão do trio é encontrar Riku, antigo amigo e rival do protagonista, e descobrir os planos da misteriosa Organization XIII.
A jogabilidade de Kingdom Hearts II foi aprimorada em relação ao primeiro jogo, trazendo melhorias na câmera e na exploração, e principalmente no combate; área que inclusive recebe novas mecânicas, sendo a principal delas o Drive. Esta habilidade especial permite a Sora se transformar e ganhar técnicas inéditas. O comando pode ser executado quando o medidor de Drive estiver cheio, e a forma assumida pelo protagonista alterna dependendo de quem estiver no grupo e do nível do personagem.
Acompanhada da magistral trilha sonora de Yoko Shimomura, Kingdom Hearts II conta ainda com novos mundos retirados diretamente de franquias da Disney, sendo duas delas de filmes live-action, algo inédito na franquia até então: Piratas do Caribe e Tron.
O conjunto da obra que é Kingdom Hearts II configura uma das experiências mais emocionantes dos RPGs de ação da época e desenvolve muitos conflitos e personagens e apresenta novos conceitos e mundos, preparando o terreno para um ambicioso desfecho em Kingdom Hearts III. – Jessica Pinheiro
Prince of Persia: Sands of Time fez tanto sucesso que até mesmo ganhou uma adaptação para as telonas anos depois
Reprodução/Ubisoft
Um caso raro de clássico instantâneo, Sands of Time foi lançado 14 anos após o Prince of Persia original e serve como um reboot para a franquia que, a partir de então, ficaria sob a tutela da Ubisoft.
Desenvolvido no motor gráfico Jade, usado em outro jogo da produtora, Beyond Good and Evil, Prince of Persia: Sands of Time tem uma premissa semelhante a do jogo original e coloca o jogador novamente no controle de um príncipe cujo nome é desconhecido.
Após adquirir a Adaga do Tempo, uma relíquia antiga e poderosa, ele é enganado pelo Vizir e, sem querer, transforma o próprio pai e boa parte da população de seu reino em criaturas corrompidas feitas de areia.
Após estes trágicos eventos, o príncipe deve capturar o Vizir e encontrar uma forma de reverter o tempo, trazendo de volta seu reino e, claro, o seu pai. Felizmente, o protagonista conta com o auxílio de Farah, uma misteriosa arqueira que sabe mais do que aparenta.
A ação e exploração em estilo plataforma trazem bastante da jogabilidade do Prince of Persia original, mas ampliado para cenários em 3D em um mapa maior. A grande diferença e onde Sands of Time verdadeiramente brilha é na mecânica de retroceder o tempo usando a Adaga do Tempo.
Claro que este recurso é limitado e cabe ao jogador utilizá-lo em momentos estratégicos. Ainda assim, vasculhar e solucionar enigmas ganham uma camada extra de dinamismo, graças às opções de tentativa e erro que a Adaga do Tempo oferece. Isso sem contar o combate, simples e efetivo, que faz uso de acrobacias e habilidades combinadas com o artefato temporal. – Jessica Pinheiro
Leon S. Kennedy (à esq.) retorna como protagonista a precisa resgatar a filha do presidente, Ashley (à dir.) em RE4
Reprodução/Capcom
Nos anos 2000, uma tendência famosa nos jogos era a de reinventar franquias consagradas em gêneros completamente diferentes de jogo. Em alguns casos, a experiência era desastrosa. Mas, no caso de Resident Evil 4, o resultado foi um jogo que reinventou, ainda que sem querer, os jogos de ação.
O grande trunfo de Resident Evil 4 é aproximar a câmera para perto do protagonista Leon Kennedy, um pouco acima de seu ombro, deixando a ação mais próxima da tela. Isso ajudou também os jogadores a conferir o impressionante avanço visual proporcionado pela Capcom, em um título que tem muito mais ação do que seus antecessores.
Completa o pacote uma história cheia de suspense, na qual Leon, herói de Resident Evil 2, é agora um agente de alto escalão do governo enviado a uma misteriosa vila espanhola para resgatar a filha do presidente americano. Resident Evil 4 transita entre os sustos e os exageros, mas continua sendo um dos jogos mais importantes de todos os tempos. – Bruno Silva
Metal Gear Solid 3: Snake Eater é o ápice da franquia de espionagem e ação furtiva
Reprodução/Konami
Nos anos 2000, com o avanço dos gráficos e mais memória para incluir vozes e cenas pré-renderizadas, os jogos pegaram muitos elementos emprestados do cinema em uma tentativa de ampliar seu público. Nesse movimento, Metal Gear Solid 3 é um jogo essencial.
Obra do celebrado diretor Hideo Kojima —que se descreve como um ser cujo corpo é 70% composto de filmes—, Metal Gear Solid 3 é por si só uma homenagem a James Bond e os filmes de espionagem da época da Guerra Fria. Por trás das aparências, no entanto, está um complexo jogo de ação com elementos de camuflagem e sobrevivência essenciais para cumprir uma perigosa missão em bases militares russas.
Metal Gear Solid 3 combina todos esses elementos com uma história que, embora tenha influências óbvias, vai muito além com toques de ficção científica, geopolítica e fantasia, em um roteiro cheio de reviravoltas e surpresas. – Bruno Silva
O jogo de tiro em primeira pessoa Black marcou sua geração
Reprodução/Electronic Arts
A primeira impressão que se tem ao jogar Black, mesmo atualmente, é a de que o jogo tem uma qualidade gráfica muito superior muito a frente de seu tempo.
Lançado em 2006, já na transição de geração para o PlayStation 3 e o Xbox 360, Black extrai tudo do PS2, com foco para a qualidade de som e iluminação, passando também pela capacidade de destruir cenários.
Black é um jogo de tiro em primeira pessoa que te coloca na pele de um agente secreto forçado a contar em um interrogatório sobre suas operações. As lembranças são as fases jogáveis do game, em um nível de detalhe que só seria superado por títulos de consoles mais poderosos. – Bruno Silva
SoulCalibur II abriu as portas do multiverso com personagens exclusivos em cada plataforma
Reprodução/Namco
Em uma época em que grande parte dos jogos de luta 3D com movimentação tridimensional ainda eram criticados pelo público, SoulCalibur II chegou para desmistificar e conquistar corações.
Além das melhorias esperadas em relação aos dois outros jogos da série, trazendo comandos acessíveis, jogabilidade refinada e gráficos que ainda hoje são bonitos e chamativos, o título também abriu a porteira do multiverso na franquia, trazendo personagens de outras mídias para seus campos e arenas medievais.
Em SoulCalibur II, os lutadores não usam apenas chutes e socos, mas principalmente armas brancas durante as lutas. Afinal, a história do game gira em torno da espada sagrada titular: a Soul Calibur.
Aqui, o jogador precisará escolher entre 25 lutadores jogáveis, cada um com sua própria jornada, mas indiretamente conectados através dos fragmentos da maligna lâmina Soul Edge, a contraparte da Soul Calibur. – Jessica Pinheiro
Dragon Quest VIII é uma aventura épica no PS2
Reprodução/Square Enix
Dragon Quest VIII cumpre o que todo RPG que se preza precisa ter: a sensação de embarcar em uma grande aventura.
No caso deste jogo, a sensação de aventura é amplificada por vários avanços tecnológicos que dão a Dragon Quest VIII o privilégio de estrear novidades para a franquia: é o primeiro jogo da clássica série totalmente em 3D, assim como também é o primeiro jogo da franquia na qual os personagens têm voz —e a dublagem com sotaque britânico dá um charme extra.
Poder desbravar o mundo de Dragon Quest VIII, com seus calabouços, florestas e outros ambientes deslumbrantes, já é algo incrível por si só, mas o jogo fica ainda melhor por conta de seus personagens carismáticos e uma história cheia de mistérios e reviravoltas. – Bruno Silva
Shadow of the Colossus é ambientado no mesmo universo de Ico e The Last Guardian
Reprodução/Sony
Fumito Ueda é um nome a ser exaltado, especialmente quando o assunto são suas duas principais criações: Ico e Shadow of the Colossus. Enquanto o primeiro foi criado para ser uma versão minimalista da clássica história “garoto se apaixona pela garota”, o segundo é um projeto mais ambicioso, com chefões gigantes como pano de fundo para uma história amaldiçoada de amor. Ambos mudaram os rumos da indústria dos videogames.
Em Shadow of the Colossus, a história gira em torno de Wander, um rapaz que faz um acordo com uma poderosa entidade chamada Dormin. Caso o protagonista consiga derrotar os 16 colossus espalhados pelas Terras Proibidas, o ser irá ressuscitar Mono, a namorada do herói.
A premissa é simples, mas o jogo é recheado de detalhes, nuances e algumas reviravoltas que tornam a experiência impactante e inesquecível. A jogabilidade e a câmera podem ser um problema e exigem paciência e domínio, já que são aspectos técnicos que deixam a desejar.
Em contrapartida, Shadow of the Colossus entrega uma mitologia criativa e abundante em conceitos, além de clichês trabalhados de forma inovativa e um mundo compartilhado que até hoje deixa os fãs intrigados. – Jessica Pinheiro
FFX foi o primeiro Final Fantasy com cenários totalmente em 3D e dublagem
Por trás de seus cenários belíssimos e exóticos, Final Fantasy X é o jogo certo para quem busca romance e muito drama.
Primeiro jogo da série a contar com vozes para seus personagens, Final Fantasy usou e abusou do recurso, focando-se em um romance improvável entre seus dois protagonistas, cujas origens são tão diferentes quanto interconectadas com a história em geral, na qual o mundo vive ciclos de esperança e destruição a cada renascimento de uma criatura invencível chamada Sin, que só pode ser derrotada por invocadores, pessoas que dedicam a vida a canalizar o poder de criaturas místicas conhecidas como Aeons.
Apesar das roupas de cores berrantes e os cenários paradisíacos, Final Fantasy X é uma sucessão de tragédias, calcadas nos temas de espiritualidade e religião. É uma jornada que vai te fazer rir, chorar, se divertir e refletir. – Bruno Silva
Onimusha: Dawn of Dreams foi o último jogo da série principal
Reprodução/Capcom
Também conhecido como o quarto jogo da franquia, Onimusha: Dawn of Dreams é o recomeço que esta pouca amada série de ação com elementos de hack ‘n slash da Capcom merecia.
Em Dawn of Dreams, o jogador controla um novo protagonista, Soki, que recebe a missão de deter Hideyoshi Toyotomi, conhecido historicamente como um camponês que se tornou general e que, após a morte do daimyo Oda Nobunaga, finalizou o processo de unificação do Japão.
No jogo, entretanto, o perverso unificador se juntou à raça demoníaca conhecida como Genma e agora, cabe a Soki impedir que estas forças malignas influenciem no destino do país.
Ao longo de sua jornada pelas fases de Dawn of Dreams, Soki recruta diversos aliados que o acompanham nas explorações e podem ser controlados pela inteligência artificial do jogo ou por um segundo jogador em modo cooperativo.
Assim como os protagonistas dos Onimusha anteriores, Soki também faz uso de uma espada e detém poderes Oni, podendo absorver as almas dos inimigos derrotados para empoderar seus equipamentos ou recuperar sua energia.
Ainda mais focado em laços sanguíneos do que os jogos anteriores, Onimusha: Dawn of Dreams se desenvolve através de uma narrativa intrigante e repleta de reviravoltas, ainda que a dublagem em inglês não ajude muito na imersão, infelizmente. – Jessica Pinheiro
GTA San Andreas é um dos clássicos do PS2
Reprodução/Rockstar Games
Grand Theft Auto já era uma série de jogos famosa quando GTA: San Andreas chegou às lojas. Mas é possível dizer que foi exatamente este jogo que transformou a franquia no fenômeno cultural que conhecemos hoje.
Enquanto GTA ajudou a inventar o mundo aberto nos jogos de ação, foi GTA San Andreas que elevou o conceito a um novo patamar, em um cenário que comporta três grandes cidades e diversos municípios menores no meio do caminho. Foi, também, o jogo que trouxe a cultura da periferia para mais perto da franquia, com uma história inspirada nas brigas de gangues de Los Angeles do início da década de 1990.
Na pele de Carl “CJ” Johnson, os jogadores também experimentam um dos jogos mais completos de sua geração, que adiciona vários elementos de RPG como a possibilidade de mudar a aparência do seu personagem, do corpo ao cabelo, e treinar habilidades específicas. – Bruno Silva
NFS Most Wanted é diferenciado por ser ambientado durante o dia e ter uma história mais cinematográfica
Reprodução/Electronic Arts
Depois de corridas embaladas por uma exímia trilha sonora licenciada em cenários noturnos que contrastam com a iluminação neon e o efeito cromado dos carros altamente personalizáveis de Need for Speed Underground, é chegada a hora de ganhar apostas à luz do dia e se tornar o primeiro da lista de criminosos mais procurados pela polícia local em Need for Speed: Most Wanted.
Ainda que a diferença na atmosfera seja gritante, já que Most Wanted é completamente ambientado sob a luz do sol, o game oferece um nível de desafio semelhante aos seus antecessores enquanto desenvolve a narrativa de maneira mais cinematográfica.
Em Most Wanted, o jogador assume o controle de um corredor de rachas de rua e dono do emblemático BMW M3 GTR que ilustra a capa do jogo. Ele é atraído e indiretamente coagido a auxiliar em uma investigação para apreender os 15 criminosos mais procurados. Em troca, um passe livre para fora da cidade e uma oportunidade de recomeçar.
Dentre as novidades, Most Wanted traz as fugas policiais, já que as autoridades locais sempre estarão à espreita e podem, inclusive, se intrometer nos rachas, atrapalhando a corrida. Há também a já conhecida customização de veículos e inúmeros desafios para o jogador realizar. Inclusive, alguns envolvem a polícia.
Apesar de bastante diferente, Need for Speed: Most Wanted não deve em nada a seus dois antecessores, e isto inclui a trilha sonora licenciada, que aqui, mantém o alto nível de qualidade para acompanhá-lo/a durante os trajetos ou corridas. – Jessica Pinheiro
Bully é aventura no estilo de GTA em ambiente escolar
Reprodução/Rockstar Games
Depois de dominar o cenário dos jogos com mundo aberto com GTA, a desenvolvedora Rockstar passou a aplicar essa fórmula nos mais diferentes contextos. Um dos mais criativos é justamente Bully, que coloca a lógica de bagunçar o mundo ao seu redor em um cenário repleto desse tipo de comportamento: o ambiente escolar.
Em Bully, você entra na pele do estudante secundarista Jimmy Hopkins, que é transferido da escola porque arrumou problemas onde estudava e, em um novo local, se vê no meio de uma disputa para ganhar influência entre todas as tribos que estudam ali. A polícia dá lugar aos bedéis de escola, a gravidade dos seus crimes se transforma num nível de “encrenca” com os responsáveis pelo colégio, e você precisa seguir a história enquanto ganha ou perde respeito das tribos escolares.
Sem nunca ter tido continuações, Bully hoje pode ser encarado como um jogo problemático, mas também se tornou um retrato de uma época dos videogames na qual as barreiras financeiras para colocar um título de pé eram menores e permitiam que propostas diferentes chegassem aos jogadores dentro de games de alto orçamento. – Bruno Silva
Guitar Hero II é um dos melhores jogos de ritmo já feitos
Reprodução/RedOctane/Activision
Jogos de música sempre foram populares, especialmente em consoles, mas sua popularidade atingiu o auge no PS2 com Guitar Hero II.
Com um setlist de 64 músicas, o jogo te permite tocar clássicos dos Rolling Stones, Pearl Jam, Nirvana, Megadeth, Foo Fighters, My Chemical Romance, Iron Maiden e muito mais, tudo isso embalado em uma narrativa na qual você leva sua banda de garagem até o topo do mundo.
O maior charme é o controle de Guitar Hero, uma guitarra de plástico com cinco botões que deixa a brincadeira ainda mais divertida. No entanto, também dá para jogar com o controle padrão do console. – Bruno Silva
Katamari Damacy oferece uma experiência relaxante e diferenciada
Reprodução/Namco
Sair da mesmice de vez em quando é sempre bom. E isso também se aplica aos videogames: deixar um pouco de lado o tiroteio, a ação frenética, as tramas densas, os personagens complexos, exploração ao estilo plataforma, etc. É exatamente ao se distanciar de tudo isso que Katamari Damacy brilha, se tornando um dos melhores títulos a oferecer interação, maluquices e quebra-cabeças.
Aqui, o jogador controla um pequeno príncipe que recebe a missão de seu pai, o Rei de Todos os Cosmos, de reconstruir as estrelas, as constelações e a Lua. Para conseguir realizar essa proeza, porém, será necessário coletar materiais.
O príncipe é então enviado à Terra, equipado apenas com uma espécie de esfera chamada katamari. E é justamente em torno dessa bola magnética e especial que o jogo gira. Afinal, é preciso grudar materiais e fazer o orbe crescer até alcançar um tamanho que o Rei de Todos os Cosmos considere suficiente.
Mas claro, existem algumas regras: é preciso fazer a katamari crescer e ir agregando materiais de diferentes tamanhos aos poucos, para que ela cresça e consiga suportar objetos cada vez maiores. E ao grudar itens de formato muito disforme, a movimentação se tornará ainda mais desengonçada.
Vale apontar que existe um tempo limite e que, ao bater a katamari, alguns objetos se soltam e isso atrasará o objetivo. O lado bom disso tudo é que a trilha sonora de Katamari Damacy é muito apropriada: algumas vezes irá fazer você relaxar bastante e em outros momentos, lhe despertará com boas doses de melodias animadas. – Jessica Pinheiro
Silent Hill 2 se tornou uma referência do gênero de terror de sobrevivência
Reprodução/Konami
O período de ascensão do terror de sobrevivência no início dos anos 2000 trouxe outro grande marco: Silent Hill 2. Quando o game da Konami foi lançado, consolidou a franquia entre as principais referências do gênero, seguindo o sucesso de seu antecessor.
Controlando um protagonista diferente do primeiro game, aqui o jogador deve auxiliar James Sunderland quando este viaja até a cidade de Silent Hill. Seu objetivo é investigar e solucionar o mistério por trás de uma carta, supostamente enviada para ele por sua falecida esposa.
Vale apontar que além de monstros esgueirando-se pela nebulosa cidade, Silent Hill 2 foca bastante no terror psicológico também, desenrolando uma narrativa surpreendente e repleta de simbolismos.
Em termos técnicos, o título não se difere muito do anterior, mantendo a câmera em terceira pessoa com ângulos variados de câmera fixa, uma seleção razoável de armas e itens para o protagonista se defender e bastante coleta de objetos e leitura de documentos para solucionar enigmas e avançar na exploração. – Jessica Pinheiro
Gran Turismo 3 é um dos melhores jogos de corrida do PS2
Reprodução/Sony
Gran Turismo sempre foi uma série de jogos de corrida que pode afugentar os principiantes com uma dificuldade que pede mais atenção ao comportamento do carro e ao traçado de cada pista, mas Gran Turismo 3 consegue trazer esses desafios de uma forma muito mais convidativa.
Um dos primeiros jogos do PlayStation 2, Gran Turismo 3 arruma melhor a maneira de progredir no jogo, melhorando suas habilidades e garantindo cada vez mais carros a sua coleção.
Mais uma vez, a variedade de tipos de pistas, de circuitos fechados ao off-road, aos tipos de carros, passando pela trilha sonora, fazem do jogo da Sony um dos mais amados por quem gosta de jogos de corrida. – Bruno Silva
Winning Eleven 7 criou base vencedora do jogo de futebol da Konami
Reprodução/Konami
O PlayStation 2 marcou uma era de ouro para a série Winning Eleven, hoje conhecida como eFootball. Nos anos 2000, a série da Konami reinou absoluta no console da Sony, e a boa fase começou com Winning Eleven 7.
Com mudanças na movimentação dos jogadores, do controle da bola, e uma nova inteligência artificial, Winning Eleven 7 criou uma base vencedora de jogo de futebol que só se aprimorou nas edições seguintes ao longo da vida do PS2. É um modelo de jogo tão bem sucedido que até hoje ganha vida no mercado brasileiro graças a modificações de fãs como o Bomba Patch.
Em Winning Eleven 7, o fotorrealismo também começa a despontar nos jogos de futebol, com modelos de rosto de craques como Shevchenko ou Del Piero com uma proximidade assustadora com suas versões de carne e osso. – Bruno Silva
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Bruno Silva
Editor de games e animes na Tangerina, Bruno Silva é brasiliense e fã de basquete. Jornalista, apresentador e streamer, foi co-criador do The Enemy e já publicou no Omelete, Nerdbunker, Metrópoles e Correio Braziliense.
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